Evento foi realizado de forma híbrida para membros da rede no último dia 27 de novembro
A Aliança pela Restauração na Amazônia realizou sua assembleia anual no último dia 27 de novembro, quarta-feira. O encontro contou com a participação de membros de forma presencial, no auditório do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, no Pará, e membros que também participaram online, via Zoom. Entre as discussões estiveram o balanço das ações de 2024 e o planejamento para 2025, bem como o lançamento de uma publicação inédita sobre bioeconomia da restauração. O evento foi realizado com recursos do Fundo Vale.
De acordo com o secretário executivo da Aliança, Rodrigo Freire (TNC Brasil), as discussões foram bastante produtivas, estendendo-se das 8 da manhã às 6 horas da tarde com momentos de plenária, trabalho em grupos e coquetel. “Fizemos conversas e reflexões a respeito do passado da restauração do bioma, das oportunidades reais e a próxima de curto prazo, que é a COP30”, frisa.
Em relação à COP30, discutiu-se formas de a Aliança incidir sobre o evento, que será realizado em 2025 em Belém, colocando a Amazônia ainda mais sob os holofotes mundiais. Como oportunidade, foram entendidas formas de influenciar ainda mais as políticas públicas e colocar a restauração no centro dos debates internacionais sobre mudanças climáticas, vinculando a restauração florestal a temas sistêmicos de bem-estar, desenvolvimento local e bioeconomia, por exemplo.
Aliança lança estudo inédito sobre o potencial da bioeconomia
A Aliança pela Restauração na Amazônia, com apoio da The Nature Conservancy (TNC) Brasil, lançou na Assembleia, um estudo a fim de ampliar a visibilidade de iniciativas de bioeconomia da restauração em andamento no bioma amazônico. Com elaboração em parceria com a consultoria especializada Proise, o estudo surgiu a partir do entendimento que as iniciativas e negócios da restauração florestal no bioma ainda possuem pouca visibilidade e limitado entendimento sobre suas operações e oportunidades de desenvolvimento dentro do contexto da sociobioeconomia.
O mapeamento abrangeu 61 casos potenciais, dos quais 13 foram selecionados como os mais relevantes para reflexão sobre boas práticas e oportunidades. Destacam-se, entre esses, quatro modelos de negócios que geraram restauração efetiva, utilizando abordagens distintas: sistemas agroflorestais, coleta de sementes nativas, restauração ecológica para geração de créditos de carbono e produtos da sociobiodiversidade, como o açaí e a castanha. Leia mais sobre o tema e acesse a publicação aqui.