Os últimos meses foram de muitas ações na Aliança pela Restauração na Amazônia. Líderes dos Grupos de Trabalho, incluindo Marcelo Ferronato, Marlucia Martins, Milton Kanashiro, Samia Nunes, Rodrigo Freire e Fernanda Stefani, participaram das discussões na reunião de integração dos GTs, realizada em abril, após encontros específicos de cada um dos grupos.
O foco de reunir as lideranças foi identificar sinergias e assuntos comuns entre os GTs Bioeconomia, Pesquisa e Extensão (PE) e Políticas Públicas (PP). O objetivo foi determinar as áreas prioritárias para ação conjunta com base na agenda de 2023, alinhada ao Plano Estratégico da Aliança. Entre os temas que devem ter atuação conjunta estão entender a oferta e demanda da cadeia de restauração na Amazônia, identificar demandas de capacitação de empreendedores em técnicas de restauração, monitoramento e comercialização de produtos e explorar a integração das ações dos membros com o Marketplace desenvolvido pelo Capital for Climate.
O encontro foi a oportunidade para atualização das ações que estão sendo lideradas por cada um dos GTs. O GT PE apresentou seus temas prioritários, incluindo recomendações de pesquisas às Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs), Saúde Única, investimentos e capacitação. A prioridade para 2023 é identificar lacunas de treinamento e capacitação na Amazônia. Além disso, vale ressaltar que o grupo promoveu em abril evento sobre a Nota Técnica ‘Recomendações para as Agências de Fomento a Pesquisas’ e, em junho, irá realizar evento sobre a Nota Técnica ‘Saúde Única’. Este GT conta agora com nova coordenação: Marcelo Ferronato (Ecoporé) e Marlucia Martins (MPEG).
Já o GT PP destacou a importância de participar das discussões sobre restauração que estão sendo promovidas pelo governo do Pará, além da necessidade de produzir um Policy Brief sobre todas as legislações estaduais amazônicas relacionadas à restauração. Eles também apoiaram o mapeamento de representantes para participarem de discussões de políticas estaduais e federais e promoveram a interface entre os Estados em relação ao avanço do PRA, em eventos organizados pelo Diálogo Florestal, Observatório do Código Florestal e Coalizão Brasil. Nesta ocasião, Rodrigo Freire (secretário executivo da Aliança e líder de Áreas Privadas para a Amazônia na The Nature Conservancy – TNC) abriu o webinar do Pará e Samia Nunes (Coordenadora do GT PP) palestrou sobre o passivo de florestas, oportunidades e desafios da restauração no Estado. Já a edição desse evento para o Estado do Maranhão contou com a participação de Andreia Pinto (conselho de coordenação estratégica da Aliança e pesquisadora do Imazon) na abertura do webinar.
Foram apresentadas ainda, as prioridades que estão em desenvolvimento pelo GT Bioeconomia como mapeamento de iniciativas de sucesso em Bioeconomia da Restauração na Amazônia, participação nas discussões no âmbito do plano de restauração florestal do Pará e encontrar maneiras de integrar os dados coletados pela WRI com a agenda da bioeconomia. Outra ação definida pelo grupo foi a elaboração de termo de referência para contratação de consultoria para levantar informações sobre a Bioeconomia da Restauração na Amazônia e casos de sucesso.
Somando-se às atividades dos GTs, destacam-se também a reunião entre a Aliança e a SEMAS-PA para criação de estratégia para construção do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Pará. Participaram Marlúcia Martins ( Coordenação do GT Pesquisa e Museu Goeldi) e Rodrigo Freire (secretário executivo da aliança), Raul Protázio, secretário adjunto da SEMAS-PA e Juliane Coutinho coordenadora do Plano. O objetivo da reunião foi fazer uma aproximação estratégica da Aliança junto à coordenação do Plano Estratégico de Restauração do Estado do Pará. Entre as pautas estavam: funcionamento da Aliança e ações em andamento, participação de membros para colaborar com o desenvolvimento do Plano, que vão participar nos subgrupos do Plano, que se assemelham à divisão dos GTs da Aliança. Foi definido que vão colaborar de perto: Rodrigo Freire, da Secretaria Executiva da Aliança, a coordenação do Conselho de Coordenação Estratégica através de Andreia Pinto (Imazon) e Milton Kanashiro (Embrapa Amazônia Oriental) – acompanhando de forma mais ampla, as lideranças dos GTs PP (Sâmia Nunes), PE (Marlúcia e Marcelo Ferronato) e Bioeconomia da Restauração (Rodrigo Freire). A Aliança reconhece a importância desta iniciativa e liderança do governo do estado do Pará que se propõe a desenvolver e implementar este Plano, que é o primeiro Plano de restauração da Amazônia brasileira. Entre as sinergias vislumbradas estão o levantamento de casos de sucesso liderado pelo GT Bioeconomia que poderá ser compartilhada com o GT do Plano; proposta de mapear demanda e firma de restauração na Amazônia – em especial os compromissos corporativos, e mapeamento territórios, iniciativas e restauradores nos territórios, conectando oferta e demanda. Futuramente, treinamentos poderão ser ofertados com liderança do GT PE. Por fim, o GT PP poderá colaborar com a revisão do plano e apoiar todos os processos.
Em linha com a intenção de alinhamento entre coletivos temáticos, Milton Kanashiro participou no início de maio de reunião do Comitê Técnico Científico do Protocolo de Monitoramento Socioeconômico do Pacto da Mata Atlântica. Na oportunidade citou o evento de Saúde Única em planejamento, tendo oportunidade de pontuar interrelações com outros protocolos e a própria temática de Saúde Única.
A Aliança também participou de evento do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) no marco da semana nacional de museus. O evento teve o tema “Saúde única: O papel da restauração florestal para garantir saúde humana, animal e ambiental”. Participaram os seguintes membros do conselho de coordenação estratégica da Aliança: Milton Kanashiro (Embrapa Amazônia Oriental), Alberto Akama (MPEG) e Andreia Pinto (Imazon). O evento teve moderação de Pedro Glécio (MPEG) e está disponível aqui.
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